O coração ama e desama. Ama quando se sente quente e confortado no espaço que deseja. Ama quando gosta do que ouve, quando não lhe tiram o aconchego das palavras bonitas. E ri e sorri aos que ama, não lhes desejando mal. Possui um toque de delicadeza, atraindo e abraçando todo o amor. Ama assim, tão forte e intensamente.
Mas desama. Desama quando o frio lhe corre o interior, quando se sente abandonado num espaço vazio de bondade. Quando nada mais que escuridão sente, ele desama quem o ama tanto, resignando-se em ódio e pregueja ao mundo o seu desânimo. Magoa no seu direito de se sentir magoado.
E depois repousa, calmamente, esperando o reerguer da sua destruição, voltando a amar forte.
É assim o coração, desejoso dum grande amor, amando e desamando, roubando lugar ás promessas e aos esforços das pobres paixões que os carregam e, porém, erguendo a força e cumplicidade das grandes almas que o dominam.
está muito bonito este texto. és uma mulher cheia de força e de coragem.
ResponderEliminartu também princesa. penso em ti todos os dias, sabes bem :)
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