21/01/2013

O coração ama e desama. Ama quando se sente quente e confortado no espaço que deseja. Ama quando gosta do que ouve, quando não lhe tiram o aconchego das palavras bonitas. E ri e sorri aos que ama, não lhes desejando mal. Possui um toque de delicadeza,  atraindo e abraçando todo o amor. Ama assim, tão forte e intensamente. 
Mas desama. Desama quando o frio lhe corre o interior, quando se sente abandonado num espaço vazio de bondade. Quando nada mais que escuridão sente,  ele desama quem o ama tanto, resignando-se em ódio e pregueja ao mundo o seu desânimo. Magoa no seu direito de se sentir magoado. 
E depois repousa, calmamente, esperando o reerguer da sua destruição, voltando a amar forte.  
É assim o coração, desejoso dum grande amor,  amando e desamando,  roubando lugar ás promessas e aos esforços das pobres paixões que os carregam e,  porém, erguendo a força e cumplicidade das grandes almas que o dominam. 

2 comentários:

  1. está muito bonito este texto. és uma mulher cheia de força e de coragem.

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    1. tu também princesa. penso em ti todos os dias, sabes bem :)

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