Eu observo-te mais próximo de mim a cada dia, tocando cada vez mais a minha alma, controlando cada vez mais o bater do meu coração. E questiono-me cada vez mais sobre a minha auto descrição.Vejo-me, observo-me, defino-me e a cada dia que te aproximas e proferes palavras bonitas e sentidas pergunto-me quem sou eu afinal. Não poderei ser quem me vejo, ou não terias tu um amor tão grande por mim. Não me comparo a um ser mau, mal construído, com pouco interior, pelo contrário, mas sobreponho às minhas qualidades todos os episódios que criei e nos quais caí, falhei, me arrependi. Ou não seriamos nós feitos dos nossos actos e constantemente os questionamos... E por entre essa retrospecção profunda me pergunto o quão real é o meu espelho de mim, o que vejo para dentro. Será a minha ideia de mim incompleta, mal feita? Serei o que me vês ser? E após tanto pensar, introduzida no silêncio imaculado da noite, apercebo-me que a minha definição se baseia nos meus pensamentos, pelo divagar por inúmeras questões da vida. E percebo que sentes algo por mim, pela forma como eu me reflicto, na forma como transformo as minhas ideias em real. Transpondo-o para o mundo natural e intuitivamente, guardando a minha mente, em si, os segredos do seu divagar involuntariamente, cujos quais só eu sempre saberei.
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