
Sou pioneira de sonhos, vibro em busca de mil e uma emoções, anseio por encontrar sensações inimagináveis - não impossíveis - inimagináveis. Nada é impossível, pode apenas não ser possível do modo que o queremos. Aprendi pelos anos que me correm no sangue que nem sempre é possível alcançarmos os sonhos que envolvam outras mentes sonhadoras, pois tal como eu sonho, tu sonhas e todos sonhamos. Aprendi então a sonhar com aquilo que posso controlar, aquilo que Deus me permite alcançar. A sabedoria da vida faz-me prever o percurso quando ainda atravesso a meta. E assim sou perceptível e sei quando devo lutar, e quando vale por declarar-me vencedora apenas por tentar, e abandonar a batalha antes das quedas. De certos e determinados sonhos eu não desisto, e sei que não o devo fazer, nesses sei que tenho mão, sei que luto por uma firme causa. Comecei recentemente a lutar por uma vontade, por algo que me motiva, por algo que move ondas. O que é isso para quem luta pela própria vida? Nada eu sei, mas aprendi que quando nos podemos dar ao luxo de sermos um pouco felizes, devemos alimentar isso. Eu alimento a minha sede pelo surf. Pelo que significa para mim, pelo que sinto em estar ao pôr-do-sol longe de tudo, longe do mundo que regressa ao pisar a areia. O mar trás-me calma, trás-me um sorriso. Tudo está a milhas de me alcançar e tudo está bem assim. É por isso que luto. Sei que por mais que saia derrotada, poderei batalhar de novo, sem arrependimentos, e por mais que as brisas me transmitam adversidades, haverá sempre a hipótese de as ultrapassar. Ensinei-me que não é apenas o amor a dois que nos trás a paixão. A paixão pelo que nos rodeia dá-nos mais alento a continuar. O mas esperará sempre por mim. O surf chamar-me-á sempre de volta, desejará sempre a minha força e garra, dar-me-á sempre um bom momento por pior que seja. Ensinar-me-á acima de tudo uma lição cada vez que eu partir. E é assim que regressamos ao tempo em que tínhamos controlo sobre a vida, se é que algum dia o tivemos. O melhor é que não nos exige que sejamos os melhores, ou perfeitos, como qualquer mísero caminhante nos pode exigir. Não exige uma imagem modelo, de perfeita figura, apenas que entregue e exponha o que tenho a dar. E na despedida anseia pelo meu regresso. Amar neste momento deixou de ser um acto e passou a ser uma ocorrência, e dura eternidades se eu assim quiser. Amo as minhas realizações e não as acções imperfeitas de outros por mais que as minhas não sejam perfeitas. E é assim que me considero a pioneira do meio topo dos sonhos. Alcancei o meu, por pouco que tenha sonhado com ele e é assim que regerei tudo o resto... alcançando o aperfeiçoamento, mas nunca a perfeição, daquilo que EU sou capaz de fazer. E o mais agradável é não necessitar de personagens físicas para traçar uma história.
Quando um dia alcançar a suprema imperfeição, ensino-vos a amá-la como eu a amo.
Quando um dia for feliz, ensino-vos o caminho...
EU LI, EU LI E FIQUEI APAIXONADA POR ESTAS PALAVRAS ANA, <3
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