03/11/2011


Pergunto-me como pensar nas pessoas, como vê-las para lá dos olhos matreiros e das vozes inventadas. Pergunto-me como ler as mentiras e pressentir as verdades se constantemente se atropelam em si. Pergunto-me e pergunto-te a ti se confiar é realmente um acto, ou um desafio, se confiar em ti é correcto ou realmente um jogo no qual eu perco o que afinal nunca ganhei, nunca foi meu. A inconstante alegria de ver para além dos teus olhos é cada vez mais certa no meu pensamento, porque quanto mais caminho na tua alma, quanto mais os meus dedos percorrem os traços do teu corpo, mais se aproxima a ansiedade e certeza de que confiar se vai tornar inconstante. Pois ora confio em ti ora em mim, e confiar no meu instinto obriga-me a recuar a fim de impedir que o mal, ou o bem, se aproximem.
Por mais que conheça, toda a minha vida, alguém menos é o que realmente conheço pois ao fim de determinada altura tudo o que conheço é apenas o que quero ver fechando os olhos ao que realmente vejo.

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