Sinto uma necessidade de expelir algo que a minha alma não consegue dizer. Poderá ser mais uma vez a saudade que tende a aparecer e agrada-se ao ficar. Saudade não do que passou, do que ficou para trás, mas da pessoa que sou quando coexisto com alguém. No exacto momento em que sinto a sua alma, em que me sinto metade dela, a metade que se desprende de mim e me liberta da demasia de sentimentos e pensamentos que sou eu. Interessando-me pelos seus, ocupando-me a pensar no que pensa, em retirar a lógica do que diz, do que faz. É esta a forma como vivo bem comigo própria, vivendo metade de mim e vivendo metade de si.
E aos poucos vou encontrando quem coexista comigo, como outros existiram. Acho que não está longe, porém pouco perto. E conhecendo o desconhecido vou encontrando o que me faz sentir completa, inteira, em parte eu, e em parte alguém que coexiste pelas semelhanças e sobretudo pelas diferenças.
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