28/02/2014


As coisas mudam, outras gastam-se. Nada dura para sempre, é verdade, e muitas vezes vai-se ficando, vai-se gastando até à última réstia o que tanto lutamos por manter. Gastamos o que nos unia, sobrando um pouco disto e daquilo, que mal serve para nada. 
A união já não aproxima as nossas personalidades, que mais se afastam do que combinam. A ternura e o carinho, foram desvanecendo na frieza das palavras que, a cada momento, pareciam ter mais a apontar do que a salvar. O desconforto ocupou-se do espaço onde as ações prezavam o lugar de qualquer palavra. 
Vivíamos assim, da beleza dos momentos, onde eramos inocentes entre nós. Onde agora nunca pensei pesarem mais as palavras que não dizes, do que tudo o que temos a perder. 
Desgastaste-me, gastaste a beleza e a ternura com que sempre me ocupaste. Perdeste a essência, perdeste-me algures onde partilhaste tudo sem partilhar o coração. 
E continuas aqui, esperando eu que se gastem as memórias, o inesquecível, o porquê de seres o que nunca ninguém foi. Apenas permanece a tristeza, na certeza de que, um dia, não serás mais do que alguém. 
Amei-te com a maior amizade e o maior amor, mas as coisas gastam-se e, certamente, mudam. 
Take care.

22/02/2014


Estás bem? Ainda bem. 
Todos os dias me ocorre espontaneamente - como um copo de água fria pelas costas quentes - aqueles flashes do ontem, pequenos teasers de o que a vida nos deu. 
Não entendes que não é mais do que isso, recordar que realmente, admitas ou não, conseguimos ser duas pessoas felizes e isso, exatamente esse detalhe desta longa viagem, 
é o que me faz sentir este grande amor por ti. 
Lembraste de tudo o que já te disse? Foste mais do que algum dia poderia escrever aqui, e digo isto com o maior respeito por ti.
Todos os dias me ocorre o "e se..." entre nós, um momento perdido algures, há muito tempo, que poderia ter mudado tudo, não estaria eu aqui agora (certamente). Vamos ter sempre os momentos em que morreu a expectativa para a realidade, onde nem tudo é cor-de-rosa.
 E no final teremos o momento em que quebramos a regra sagrada. 
Não entendes que não é mais do que isso, a mistura de dois mundos, meia dúzia momentos que, entendas ou não, compuseram o errado... 
quer dizer, para mim mais que para ti. 
Lembraste de como gostávamos tanto um do outro há um ano atrás? Olha para nós agora, estranhos. Olha para mim agora, o que achas que estou a sentir agora, pensando exatamente por esta lógica?
Estás bem? Ainda bem. 

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